Você cidadão brasileiro, pode ter quem sabe, 70 anos de idade; e ainda assim pode estar contado entre o “admirável gado novo”, que iludido não passa da massa humana para engrandecimento, e diversão dos “poderosos”. Talvez você, como eu, ja tenha sido vitma de exigência para ser levado a uma DP (Delegacia de policia), e em milhares de casos, ninguém compreende o porque de tanta insistência, tratando-se de fatos em que nada será levado adiante; mas eu explico:
-O que você não sabe, é que a medida em que o senso acusa o crescimento da população local, os órgãos estatais, passam a exigir números mínimos de RO/BO (Registros ou Boletins de ocorrências), destarte, todos os segmentos precisam bater suas metas, inclusive nós, que uma vez pressionados, nos vemos obrigados a pressionar quem estiver abaixo de nós… pasme: de acordo com a densidade demográfica, ou os RO/BO efetuados diretamente pela população onde inside a atuação de determinado batalhão, nós do comando do BPM (Batalhão de policia militar), somos obrigados a um repasse mínimo ao MP (ministério público), ou como muitos chamam: máfia pública. Certa feita, mesmo eu, só não fui conduzido a uma DP, porque me identifiquei ao militar da ocorrência, mas acredite, todos tem que apresentarem metas, sob riscos de pressões sancionadas, que podem inclusive gerarem transferências, por isto, muitas vezes somos forçados a reunir a equipe, e irmos as ruas a caça de ocorrências… eu sei, é absurdo, mas é real.
Os PMs, os delegados, o MP, os juízes; todos são obrigados a baterem suas metas, inclusive, metas de condenações; por isso, centenas de pessoas que deveriam estar nas ruas, encontram-se fraudulenta e arbitrariamente, lançadas nos calabouços dos infernais presidios brasileiros, que ao invés de ressocializarem, ao contrario, dão cursos intensivos de criminalidade, visto outros injustiçados, despertam o instinto da revolta, e aproveitam a proximidade com mestres do crime, para saírem mais fortes e nocivos.
Nunca haverá governantes que ousem desarticular esta estrutura de metas marginais, a menos que haja um corajoso levante popular, mobilizado por advogados valentes que queiram entrar para a história, e mobilizem ações na organização dos direitos humanos; e esqueçam a ONU, pois é conveniente.
RJ/ SP, Abril/ 2022.
-Major MJ.
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