A Custódia do Estado

[Cadê os Direitos Humanos?]

Continuo a lamentar pela profissão que escolhi; para mim, que sou pessoa do bem, me contorso em ver tanto descaso, com pessoas que ainda que possuam seus delitos, não poderiam de maneira nenhuma serem tratadas como animais; por isso, vez por outra temos um “colega” reconhecido e exterminado em via pública.
Quanto a parte que cabe a obrigatoriedade do Estado, não se vê nenhuma cobrança dos Direitos Humanos, empenhado apenas naquilo que conclama sua própria proclamação, exaltando-se as linhas das ordens extrangeiras (ONU).
1 Os presos das unidades não tem direito a um atendimento com assistente social. Existem casos absurdos e inaceitáveis, em que a pessoa deveria estar na rua (domiciliar; tornozeleira), e não trancafiada nessa masmorra.
2- Onde estão as roupas pessoais e básicas que o Estado deveria fornecer, enquanto seres humanos sofrem em necessidades (frio e fome), até que seus parentes tenham acesso, pela feitura de uma carteira que demora 60 dias para ficar pronta?
3- Os dias de visita, que possuem intervalos despadronizados mudam constantemente, sem que os presos tenham acesso a nenhum telefone público que possam usar por cinco minutos, para avisarem seus parentes das mudanças; pois constantemente chegam para as visitas e são mandados de volta, não interessados de onde venham.
4- Já vi presos condenados a varios anos, que ao sentirem uma dor de dentes, batem desesperados com a cabeça na parede, querendo tomar qualquer coisa nociva a saúde, na tentativa desesperada de aliviar a sua dor. Houve uma unidade que conseguiu um dentista, que fica mais inativo que funcionando, e mesmo funcionando gera muita crueldade. Como pode uma pessoa precisar de uma simples obturação, e ser vitma da covardia de ter o seu dente extraído? É muita covardia, mas é tudo o que fazem.
Como diz um grande homem que conheci dentro do Complexo, que me incentiva a escrever; o Pastor Tupirani, o homem que incomoda o pecado: “toda semente vira árvore e produz seus frutos, e amadurecem”. Assim, na vida de todos chegará a hora de colherem o que plantaram.
Não sei se verei este dia, mas sinto a certeza destas palavras, que vendo ou não, elas se cumprirão, e todos esses assassinos e pervertidos do sistema judiciários, terão que viver do mal que praticaram.
Ainda me dói ver nossa sociedade tão distante de tudo, cada um cuidando de sua própria vida até ser a próxima vítma, e não usam as redes sociais para mostrar a cara, e falar das suas injustiças sofridas, e ainda tantas que nos agridem pela TV, ocorridas na vida de outros.
Manifestem-se, é o mínimo que faz alguém que diz ser justo.
[A VOZ CONTINUA]
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