[IDADE MÉDIA]
Porque será que uma pessoa recebe um induto, e simplesmente não retorna, preferindo viver as escondidas, sem direito a trabalho fixo, residência, fugindo como um rato em meio aos antros da sociedade, sem poder nem ao menos ter o direito de passear com um filho em meio a sociedade? Porque será que a apenas seis meses do encarceramento de sua pena, alguém optaria pela fuga, ou não retornar de um induto?
Quero avivar estas perguntas na memória da arrogante elite da nação Brasileira. A resposta, porém, eu mesmo a dou: “é simplesmente porque o sistema opressor e hostil, escravizador e antônimo ao ser humano, ultrapassa os limites suportáveis a psicologia do cérebro e da alma, fazendo ansiar pelo ar, aquele que ora se afoga.
As vitmas hoje detidas nos complexos penitenciários, supostamente, são privadas da liberdade, com o intuito de serem recuperadas de suas filosofias anti sociais (filosofias, estas, reprovadas aos olhos de um julgamento popular, e não de meia dúzia de marginais travestidos de funcionários públicos como o MP/RJ); não fosse a crença na recuperação, optaríamos pela simples pena capital, sendo então, esta recuperação objetivada, analisemos…
Como posso trancafiar homens e mulheres a espaços mínimos, conferindo-os todos os dias, inalteradamente, a mesma sub-nutrição de um arroz com feijão? O que posso eu esperar de um organismo fadado ao impedimento ao exercício físico, uma vez que, altaneiramente, as epígrafes da ciência revelam que a falta das atividades constantes, trazem a redução dos neurônios, responsáveis pela inteligência (capacidade em pensar), gerando também a hibernação patológica, conhecida como sedentarismo? Este sedentarismo gera o diabetes, que dentre dezenas de ações, atingirá o sistema nervoso central, levando a instabilidade mental, afetando por completo, a capacidade de assimilação, fazendo com que o organismo foque apenas em suas auto necessidades, visto que a razão se esvai, dando lugar ao domínio total do instinto, que luta com exclusividade pela sobrevivência do ser.
“O instinto de um ser humano, somente será detido, por uma inteligência altamente instruída”. THL
Outrossim; como posso eu capturar um animal selvagem, tratando-o com similar selvageria, e ainda assim, esperar que tal possa ser domesticado, adquirindo nova infla comportamental de doçura, ou ressocialização?
Por ventura já paramos para pensar, porque no país verde, amarelo, e agora negro; pessoas cumprem penas de três, cinco, dez, quinze anos; e depois saem simplesmente, para incrivelmente realizarem as mesmas obras? Eu tenho a resposta: é porque adentraram as prisões com suas traumas familiares e psicológicos, com seus recauques e dores, pavores, terrores, e cicatrizes abertas; e ao serem jogadas em uma gaiola, dia a dia são cutucadas com varas, dando-lhes a certeza, de que suas iras, ódios, e sede por sangue e morte, estão corretas, e é nisto que devem se apegar mais, e mais; criando em si, o foco do que acreditam lhes causar tantos males: os policiais! A loucura, movida pela raiva avivada pelo tratamento é tanta, que se identificam com tatuagens de palhaços, para proclamarem que são assassinos de seus “opressores”. Apareçam aqueles que possam provar a inveracidade destes relatos.
O primeiro estágio dos detentos é Benfica; uma cama que é uma chapa de ferro fria, sem direito a roupa alguma, nem toalha, nem camisa, água fria por dez minutos pela manhã, e mais dez a tarde, para atender 50 (cinquenta) presos; sem direito a comida. Sou testemunha que este centro de tortura já se encontra ativo por pelo menos 15 (quinze) anos, e agora, porque um grande herói (pastor Tupirani), passou aqui, resolvi pagar o presso do meu doutorado.
Quando um preso chega nas dependências do Complexo de Bangu, sem explicação nenhuma é posto no isolamento, uma sala sem luz, com alta concentração de mosquitos, sem nenhuma roupa reservá, nem lençol ou toalha; e se sua roupa não for branca é retirada tendo que ficar completamente nu (mas não se preocupem, espera a OAB se estabilizar que ela vai resolver isto; e também, os órgãos de Direitos humanos, inclusive o que existe lá dentro da OAB, mas ninguém o sabe).
E então, após os rituais, apresentam ao detento uma pedra fria, onde muitos chegam a ficar por dez dias incomunicável. E depois a sociedade espera que este homem saia recuperado deixando seu instinto assassino de lado, e sua grande vontade de matar; porém, a ciência revela o contrário: dia a dia crescerão na sociedade o desejo pelo sangue de policiais, sejam penais, ou de qualquer farda.
Vós não podeis aprisionar uma mente, na simples e ignorante esperança, de que esta abandone suas convicções, para viver a marginalidade mental dos que se encontram escravizados por seus cargos e salários, tais quais o são o MP/RJ.
Resolvi assumir minha identidade, de que definitivamente, não sou deste mundo.
Criticamos durante as prostitutas católicas da Idade Média, quando com fogueira já preparada, na sala do tribunal da inquisição, ameaçaram Nicolau Copérnico para dizer que seus estudos estavam errados, que a terra não era redonda, e menos ainda que girava; e que o sol ser o centro da via láctea estava descartado.
Pois bem; a centenas de anos atrás, pergunto: o que, ou quem estava correto? As opiniões que achavam absurdo o mundo ser redondo e girar, ou aquele que dedicou toda sua história sobre livros e filosofias (amigo da sabedoria), negando os prazeres do mundo, em busca dos conhecimentos que o governa?
Esses gênios de suas eras, cujos nomes já me embaralham, por isso, I’m Sorry! Contudo, ainda ouso perguntar… somos ou não os mesmos assassinos arrogantes, que sempre prenderam e hostilizaram, tanto estudiosos, quanto religiosos, que sempre estiveram a frente de seu tempo? Porque foi Jesus Cristo levado pelos judeus, para ser assassinado pelos romanos? Quem estava certo?
Com o que, e como tentarão calar o grande mestre Tupirani, quando o Cristo por vós assassinado, resolver chamar seu irmão de Bangu?
Ai, Ai de vóz hipócritas.
[A VOZ CONTINUA]
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