A farsa do disk 100 e 180
(Impróprio para menores de 21 anos)
Acabei de ver passar na TV, no canal do governo, uma reportagem e um chamado às denuncias, atravéz dos canais 100, e 180. Esta reportagem, dizia respeito a pessoas “mau remuneradas”, e sob condições de trabalhos insalubres, isto é: prejudicial a saúde.
Fiquei, confesso, chocado com a chamada à população, para que fossem utilizados canais oficiais, para que tais fatos cheguem aos ouvidos das autoridades; porque sou funcionário público, e, trabalho em uma rede do funcionalismo em que, durante vinte e um anos de trabalho, dentro das dependências governamentais, tudo que vejo são os horreres das insalubridades e maus tratos, onde certamente, desde crianças de dezoito anos, até idosos de setenta e cinco, com câncer de próstata em estado terminal, e sangramentos de rins, bexigas, e fígados, em virtude do câncer, aqui, são mantidos, digo, bem abaixo da insalubridade e/ou, analogia a escravidão; mas ninguém se importa. Aqui, não aparece nem assistente social, nem defensoria pública, e assim, crianças de dezoito, somente por causa de um cigarrinho de maconha que, é ilegal só porque não paga imposto, são acometidos dos piores horrores auditivos, e, das piores agressões visuais, já que convivem com veteranos do crime que, acabam norteando suas futuras estradas de vida.
A ONU está, com orgulho, não sei porque, comemorando setenta e cinco anos das declarações dos direitos humanos, exibindo ignominiosamente, o dia dez de setembro, sito 2023; e, o ministro, um jovem negro, sem entende que seu cargo não foi conquistado por mérito, mas que fora posto por voto, incluindo dos semi-analfabetos, explana suas endêmicas declarações: “Direitos humanos e respeito, é você ter empatia (por-se nas condições de outrem).
Na sondagem do parágrafo pretérito, você me indagaria: porque esta declaração é endêmica? E eu te responderia: tal filosofia (compreensão), faz somente parte do exposto pelo jovem político, mas não é, ou jamais fôra, uma realidade política epidêmica, que se possa ver, diluviada na razão dos malditos administradores públicos. Até mesmo o declarante, ora bonito na foto, nuca foi visto em combate eficaz que, pudesse corroborar suas palavras.
Como diretor no complexo prisional, peço desculpas pelas próximas sintaxes, mas, se usarmos leniência com certos parafraseamentos, não teremos uma mensagem transparente, furtando do leitor a total compreensão, e, quem sabe, no pós presente, torturar-me propriamente, reconhecendo que, não fui fiel a minha missão.
1- Quando um custodiado é levado para audiências, as quais, arbitrariamente lhes é retirado o direito de recusarem comparecer, chegam a ficarem fora desde sete da manhã, até três da madrugada, e durante essas 20 (vinte horas), após terem sido retirados da unidade sem um pedaço de pão, são postos em um transporte totalmente assassino, e neste período não lhes é fornecido nenhuma alimentação, e, pasmem, se quer, um copo de água lhes é dado. Tem coisa pior.
2- Muitos dos custodiados são, rotineiramente, acometidos de pneumonia; muitos, acham que este mal, da-se em virtude das condições do cárcere, porém, não é, mas sim, por ocasião do retorno desde o fórum às unidades prisionais, onde, desde por volta das vinte e duas horas, até as três da matinã, ficam os detentos submetidos a temperatura matinal, sob o efeito de um torturante ar condicionado (no caso do ônibus), que os sujeitam a uma temperatura de até 10° (dez graus centígrados), dependendo da temperatura externa.
Mesmo com todos tossindo exaustivamente, e suplicando para que o ar condicionado seja desligado, tudo que ouvem são gritos estéricos de: “desliga é o caralho, se falar de novo vai entrar na porrada”. Não é sem causa ao efeito, que, vez por outra, alguns de nós, reconhecidos nas ruas, encontramos nosso destino. Muitos esquecem que, mesmo “enricando” com as extorsões internas, continuam precisando usar as mesmas ruas que todos. Muitos esquecem que, tendo RG e veículo em seu nome suas referências estão no banco de dados do DETRAN, e que, qualquer trocado, poderá tornar permeável um funcionário, que, decerto, deixará eclodir todo o cadastro, expondo endereços e família.
3- Nesta nação de faixada, onde seus representantes pensam que, ternos finos, lhes poderão mimetizar o libelo do mal caratismo, como se o tetragama já houvera-se esquecido; ousam vituperarem os reais direitos humanos, com vistas mortas do “não é com os meus”; porém, ainda após a morte do tetragrama “YHVH”, quem tem fome e sede por justiça, aguarda pela ressurreição.
Como podem estes, esquecerem aqueles que, dormem no chão e na pedra? Que têm direito a água apenas duas vezes no dia por 10 (dez) minutos? Que tem que tomar banho com apenas 3 (três) canecas de água? Que são impostos a usarem a mesma roupa, sem lavar, até que se rasguem? Que comem, por todo o tempo de suas estadias (muitos totalmente inocentes), seja um, três, cinco, ou dez anos, somente arroz e feijão? Como podem uma nação, seres humanos, fazerem tanto descaso com a vida, o sofrer alheio?
Como encontram forças em suas almas para, com bonitos slogans de “direitos humanos”, se engrandecerem, enriquecerem, promovendo-se sobre as dores, desgraças, angústias, lágrimas e aflições que, sabem existir, mas nada farão para cessar? Malditos sejam e desgraçados, porém, há um cetro de justiça que, ainda após a morte, cobrará o que lhe é devido.
4- Tanto no galpão, quanto na promiscuidade do que chamam ‘Rael’ (o local efetivo do maior número de espancamentos entre internos), vou narrar, ora, fatos antagônicos e inorgânicos, por isso, você que for mais sensível (mulher em especial), nem prossiga na leitura, pois preciso não camuflar palavras, onde espero também, deixar minha indignação, afinal, como muitos, só não abandonei esta nojeira de função, em face as minhas necessidades, tanto pessoais, quanto familiares, corroborando a minha permanência, a necessidade de, ter que, sustentar, vegetativamente, um pai sobre o leito.
Não me critiquem, na vida hão bifurcações, mas nem sempre, temos o poder ou força para o caminho correto. Eis minha, então, história.
Veja os horrores que descrevo, e, pergunta-te, se nesta desgraçada nação que, até o chão racha, pode haver direitos humanos.
Pensem em um espaço projetado para sessenta pessoas, mas que, o sistema o sobrecarrega com duzentas e vinte pessoas, isto, dos dezoito aos setenta e cinco anos; cheio de pessoas doentes, sendo, pneumonia resfriados, dengue, covid-19, doenças de pele e couro cabeludo, vários com cancer, gemendo dia e noite, e outros, já sem terem locomoção autônoma, são pelos solidários, levados ao banheiro vez por outra. Os banheiros são em números de três, mas o padrão é que somente um esteja funcionando, pois não existe manutenção.
Todos os horrores de roupa, banho, água, modo de dormir que, falei em outros parágrafos, podem ser transportados para aqui também. É um mundo que, os lá de fora não creem existir, mas que, enriquece a muitos advogados, e garante o emprego do MP/RJ, e do assassino judiciário que, não exita prender, mesmo sem prova alguma.
Imagina um local, onde o metro quadrado é ocupado por quatro e/ou cinco pessoas, onde duzentos e vinte usam um vaso sanitário, onde o banho, só com três caneca de água, onde não há alimentação; e agora me responde, voce tentaria fugir? Após uma saída de induto, você voltaria ao inferno?
Então, não critica essa gente que, nunca souberam o que é ter uma família. Acredita, tem coisa ainda pior.
5- Se você não credibilizar minhas escritas como diretor, o que não faltará é você encontrar alguém que houvera sido preso, e irá dirimir suas dúvidas. No complexo, acredita, homossexuais, precedem em direitos; quando chegam, os melhores lugares no centro de horrores, dever ser dados a estes; alguém terá que ir para o chão, para o gay dormir na comarca. Ainda que eles possam ter suas galerias exclusivas, preferem escolher o meio dos homens, isto, porque, em um ambiente cujo dicionário não tem capacidade de catalogar o execrável, nojento, abominável, e ignominioso; como o vômito de um cão, assim será o promíscuo comportamento neste lugar que, duvido na sociedade, possa alguém imaginar existir.
Oxalá, tu não sejas capaz de imaginar atos que, alguns sem conhecimento lógico, chamam de relacionamento sexual; aonde cerca de quatro ou cinco ao mesmo tempo, diante dos olhos de todos os outros, se sujeita em conforto a condutas que, infectam com mau cheiro o ar, tornando o universo surreal. Este mesmo ambiente podre e pestilento, mantém aprisionado e submetido, meninos de dezoite, e senhores de setenta, todos misturados em nome dos slogans “Direitos humanos”, garantindo ainda o salário da pior classe já criada no mundo, os asquerosos travecos, e meretrizes do sistema judiciário.
6- Eu sei que, os que ora, influenciados pelo sensacionalismo da corrupta e tendenciosa mídia brasileira, dirão: “são bandidos, são ladrões, ou, quem mandou fazerem besteira”. Porém, lembrem que, eu sou o diretor, eu vivo a duas décadas neste e outros lugares; e, se alguém pode falar acertivamente sobre estes, sou eu mesmo; e eu digo: são bandidos? são ladrões? fizeram besteiras? então digo: depende do ponto de vista, e, aos olhos de quem. Será que todos julgaríamos igualmente? Acredite, 30% (trinta por cento) dos detidos deveriam estar nas ruas, mas, estão detidos não por crimes, mas pelas brigas pessoais que, alguns do “poder” disferem.
Ainda quero lembrar-lhes, que, se trato alguém com atos bandidos, então, é isto que sou, mesmo que a quem trate, de fato o seja.
Quero dizer: não é porque alguém errou que, eu deva tratar-lhe com erro, oscilando meu próprio caráter e personalidade. Não devo estuprar um estrupador. Não devo assassinar um assassino. Se eu furtar de quem roubou, também eu, serei ladrão; mesmo que o falso julgamento humano me exalte, mas sei que, o céu me condena.
Por fim, se discordam de mim, achando que bandido tem que ter tratamento de bandido, sem o mínimo de DIREITOS HUMANOS, decerto, quem assim os trata, merece também as mesmas cadeias; ou, para por fim, podemos acabar toda questão; a pena de morte seria o mais louvável.
Ou: me autorizem que, pela grade mesmo dou um tiro na cabeça de cada um, e assim, lhes aliviarei desta tortura atroz a que são por décadas mantidos. Agora, saibam todos que, as declarações de direitos humanos feitas no maldito solo brasileiro, não passam de mentiras e fonte de enriquecimento, tanto na ONU, quanto no maldito Brasil.
Ah! quanto a propaganda das denúncias do disk 100 e 180, vamos ver se são verdadeiras. Peguem agora os seus telefones e façam as denúncias contidas nesta denúncia, e vocês verão que, se quer, protocolo receberão.
6- Será que alguém sabe o que é Bangu 1?
Se no Brasil existisse direitos humanos, ou advogados humanos, Bangu 1 não existiria (THL).
7- Será que alguém tem noção do que é Benfica (o centro de detenção provisória)? Onde se cobram cinquenta mil reais pra virar verdinho (para quem não sabe é: trabalhar no presídio).
Em benfica quando querem explorar um desorientado (preso recente), impedem o advogado de ver o cliente, dizendo que ele não se encontra e voltará muito tarde.
Onde, nesta e neste, maldita nação e sistema, existem Direitos humanos? provo tudo que disse. Mas não tem no Brasil, TV, com coragem suficiente.
Em Benfica, onde os presos chegam surpreendidos e desorientados, chegam, os guardas, ao ponto de dizerem ao detento que, saiu na tv que, sua esposa apareceu em entrevista, dizendo que se separaria por pedido de divórcio. Essas mentiras abalam muitos presos que, chegam mesmo ao suicídio.
Onde, nesta maldita nação, existem Direitos humanos?
8- Os guardas de benfica, da UPA, de Bangu 4, e também do Bangu 7, se divertiu espancando os garotos do complexo prisional; onde existe direitos humanos nesta nação?
Simplesmente como se vive em Bangu 4, e 7, vê-se que as palavras ‘direitos humanos’, no Brasil, não passam de fonte de enriquecimento de alguém.
Diretor em Sistema prisional
Tavares Hildo Ludovico/ 2023.