O sistema prisional brasileiro, é, cem por cento epigrafado no complexo título desta missiva. Como tudo que os homens criam ou constroem, principiado nas essências desde mundo passageiro, também sofrem degenerações, necessitando então, de manutenções; os presídios brasileiros não fogem as regras. Destarte, vou explicar de onde vem todo dinheiro utilizado nisto, já que a mão de obra, gratuita, procede dos verdinhos. Desde que o complexo de Bangu foi edificado, até hoje, ele permanece, sendo tanto sustentado, quanto acrescido; sito suas redes elétricas, hidráulicas, e toda e qualquer necessidade adjunta, em tudo que se possa imaginar; mas o que o mundo lá fora não imagina é, como? e, de onde? chegam os recursos.
Tudo o que se possa ver nos complexos, desde o chão até ao teto, que, não faça parte do que fora posto originariamente, é pago integralmente pelos detentos, em rateios exaustivos; o que nos leva a crença de que, se alguma verba é destinada a isto, aqui não chega.
Somente em Bangu 8, temos acomodações para 350 (trezentos e cinquenta) pessoas, o que se estende, em virtude dos muitos que se encontram dormindo no chão.
Realmente, existem pessoas aqui dentro muito ricas; mas, não são todas, a exemplo, na galeria C, a grande maioria é de pessoas que perderam todos seus proventos, pois, são policiais que, até mesmo já aposentados, tendo cometido algum delito, tiveram suas aposentadorias canceladas.
No complexo tem muitos estrangeiros milionários, trambiqueiros dos BITCOINS, muito dinheiro verdadeiramente sujo, e também, fortunas banhadas em sangue, tanto de culpados, quanto de inocentes; porém, o complexo de Bangu, nada mais é, para que grande parte desta fortuna se escoe, um magnífico corredor que, levará a muitos lares, tanto as riquezas, quanto as maldições (Hc. 2:9).
Minha pena é longa, e presenciei e ouvi muita coisa. Vi, perfeitamente, pessoas serem retiradas de suas galerias para comparecerem nas muitas gestões que, por aqui perfilaram, gerando é claro, a própria ambição.
Na gestão do Taveira, era permitido o uso livre do celular, informado a mim pelo contato da A4 que, o preço era de vinte mil por semana, pagos todas sextas feiras; fato ocorrido em 2022.
Tivemos também a gestão do João, o diretor que menos dava ouvidos aos presos, privando-nos assim de qualquer mínimo direito humano. Diz-se no complexo, que, teria o mesmo envolvimento com a milícia de setor diferenciado ao dos milicianos de Bangu 8, por isso, o tratamento era tão brutal, com rotineiras vistorias.
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